Agronegócios
Soja sobe timidamente em Chicago nesta 6ª feira após semana intensa, de altas e baixas fortes
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A sexta-feira (8) é de tímidas variações dos preços da soja na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, depois de boas altas que registraram no pregão anterior – de 38,75 a 42,75 pontos – perdiam de 1,50 a 6 pontos nos contratos mais negociados, com o agosto valendo US$ 14,79 e o novembro, US$ 13,64 por bushel.
A semana foi, apesar de mais curta pelo feriado da segunda-feira (4) nos EUA, muito agitada para o mercado das commodities, em especial do complexo soja. As oscilações entre os preços foram muito intensas, com hora o peso maior vindo dos fundamentos, hora do financeiro – que ainda muito risco e muita incerteza.
Entre os fundamentos, o que ainda chama mais a atenção é o clima no Meio-Oeste americano. Julho é um mês decisivo, principalmente, para o milho e as previsões indicam os próximos 10 dias de tempo mais quente e alguns mapas sinalizando também chuvas abaixo da média.
Da mesma forma, atenção à demanda chinesa e a forma em que seguirá fazendo suas compras para garantir seu abastecimento. “A China comprou um barco de soja no Uruguai, um na Argentina e dois no Brasil. A América do Sul continua mais barata em relação aos EUA para embarques de agosto a outubro”, explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
No macrocenário, atenção às possibilidade de recessão, ao processo inflacionário e a forma que as principais economias globais estão lidando com o atual momento. A ata do Federal Reserve divulgada nesta semana parece ter trazido algum afago aos mercados, já que o banco central norte-americano sinalizou que altas de juros menores têm espaço em suas políticas.